O número de consumidores inadimplentes no Rio Grande do Sul registrou aumento de 1,97% em abril de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com um levantamento do SPC Brasil, disponibilizado pela Federação Varejista do RS. Apesar da alta, o crescimento ficou abaixo da média da região Sul, que teve variação de 2,69%, e também da média nacional, que apresentou elevação de 4,59%.

A faixa etária que mais concentrou inadimplentes no estado foi a de 30 a 39 anos, respondendo por 23,59% do total. A distribuição por gênero permanece equilibrada, com 51,41% de mulheres e 48,59% de homens entre os devedores. O valor médio devido por cada consumidor negativado chegou a R$ 4.935,26, considerando a soma total das dívidas. A maioria dos débitos, no entanto, é de menor valor: 30,20% dos consumidores tinham pendências de até R$ 500, e 43,62% deviam até R$ 1.000.

O tempo médio de inadimplência no estado foi de 26,9 meses. A maior parte dos devedores, 37,75%, estava com o nome negativado há pelo menos um ano. O número de dívidas em atraso também aumentou em abril, com crescimento de 5,27% em relação ao mesmo mês do ano anterior, novamente abaixo da média da região Sul (6,49%) e da média nacional (8,75%). O setor bancário liderou a concentração de débitos no estado, com 63,77% do total.

Em relação às novas negativações, a maior parte dos registros em abril foi de pessoas que já tinham aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Os reincidentes representaram 86,89% do total, sendo que 64,38% ainda não haviam quitado dívidas anteriores. Outros 22,51% haviam deixado de ser inadimplentes, mas retornaram no período analisado. Apenas 13,11% dos registros eram de consumidores sem histórico recente de inadimplência.

Apesar de representarem a maioria dos registros em abril, o número de devedores reincidentes caiu 7,91% nos últimos 12 meses encerrados no mês de referência, em comparação com o período anterior. A faixa etária mais comum entre os reincidentes também foi a de 30 a 39 anos, com 25,62%. A proporção por sexo nessa categoria mostrou leve predominância feminina, com 54,31%.

Por outro lado, o indicador de recuperação de crédito apontou queda de 5,56% no estado em abril, frente ao mesmo mês do ano passado. Ainda assim, o desempenho foi melhor que o das médias da região Sul (queda de 8,65%) e do Brasil (queda de 9,37%). Entre os consumidores que quitaram suas dívidas, a maioria tinha entre 50 e 64 anos, faixa responsável por 26,85% das recuperações no estado. A divisão por gênero também se manteve equilibrada, com 51,56% de mulheres e 48,44% de homens.

Crédito: Diego Dias